terça-feira, 2 de agosto de 2011

1° SEMINÁRIO DE CHAPECÓ SOBRE A FERROSUL


“Sem energia não é possível crescer, mas sem alimento não é possível viver”
Mário Lanzaster - Presidente da Cooperativa Central do Oeste Catarinense

A Associação Comercial e Industrial de Chapecó (Acic)  através de seu presidente João Carlos Stakonski realizou no mês de julho o 1º Seminário de Chapecó sobre a Ferrosul, no centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nês. O evento contou com a presença de autoridades dos três estados do sul, entre eles os senadores Roberto Requião e Casildo Maldaner, o deputado federal e secretário de Estado da Agricultura, João Rodrigues, que representou o governador do Estado de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e o prefeito de Chapecó, José Caramori.

Abertura do Evento

 
Para o coordenador geral do seminário, Vincenzo Francesco Mastrogiacomo, ao mesmo tempo que os produtos conquistaram mercado nacional e internacional, as infraestruturas não acompanharam esse desenvolvimento. “Nosso oeste catarinense depende de grande quantidade de insumos de outros estados. Como vamos competir? Precisamos de infraestrutura e, por este motivo, estamos pleiteando a Ferrosul”, reforçou.
O ex-diretor presidente da Ferroeste e coordenador técnico do seminário, complementou que é fundamental estabelecer definições para começar efetivamente o andamento da Ferrosul. “Precisamos estabelecer uma agenda de trabalho e criar uma estrutura de acompanhamento do projeto”, enfatizou.

O QUE É A FERROSUL?
Os Estados do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, reunidos através do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul, decidiram criar a Ferrovia da Integração do Sul S/A – FERROSUL, uma empresa pública com o objetivo de planejar, construir e operar ferrovias e sistemas logísticos na região do CODESUL, interligando-as com a malha nacional, a partir da Ferrovia Norte Sul, em Panorama (SP) e na região de Dourados (MS) e Maracaju (MS).
A partir das resoluções 1.042/2009 e 1.062/2010 do CODESUL e conforme previsto nos compromissos firmados através delas pelos quatro Estados, leis estaduais foram e estão sendo propostas pelos Executivos às Assembleias nos Estados com a finalidade de criar as condições jurídicas e institucionais para o início de funcionamento da FERROSUL.
Presidente da Cooperativa Central do Oeste Catarinense, Mário Lanzaster: "Sem alimento não há vida."
 

O evento prosseguiu com o Painel “O papel das ferrovias na cadeia produtiva do Oeste Catarinense”, tendo como participantes o engenheiro agrônomo – presidente da Cooperativa Central do Oeste Catarinense e vice-presidente de agronegócio da FIESC, Mário Lanznaster, o deputado federal e secretário de Estado da agricultura João Rodrigues, o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina Gelson Merisio e o deputado estadualDirceu Dresch (presidente da Frente Parlamentar Catarinense das Ferrovias).
Lanznaster assinalou que a distância é grande e “nós continuamos nos dando o luxo de buscar milho do Brasil Central e de outros locais, com transporte sob pneus. Precisamos comprar dois milhões de toneladas de outros Estados e o custo fica muito elevado com transporte”. Também lembrou que empresas da região estão migrando para o Brasil Central em razão da facilidade de adquirir milho e soja no oeste.
Para Lanznaster, a solução é transportar o produto com preço menor. “Mas, sem a ferrovia que possa preencher as necessidades de transporte de milho e soja, isso não será possível. Se continuarmos querendo ser referência em produção de carnes, precisamos conquistar a Ferrosul. Sabemos que, sem energia não é possível crescer, mas sem alimento não é possível viver”, finalizou o presidente da Aurora.
Vincenzo Mastrogiácomo, Coordenador Geral do Seminário









Nenhum comentário:

Postar um comentário